Crianças aprendendo com robótica. O cenário pode até parecer aquelas notícias sobre as últimas tendências tecnológicas do Japão, mas é o trabalho desenvolvido pela RoboEduc, uma das empresas incubadas na Inova Metrópole, incubadora de empresas vinculada ao Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN).

A empresa usa a robótica como ferramenta pedagógica para ensinar crianças e adolescentes de quatro a 17 anos a resolver problemas, além de auxiliar nas disciplinas as quais elas têm dificuldades. “A gente usa a robótica para ensinar matemática para aquela criança que não gosta, ou inglês para aquela criança que tem dificuldade”, exemplificou Gabriel Garcia, sócio-administrador da RoboEduc. De acordo com ele, a metodologia funciona “porque é difícil encontrar criança que não vai gostar de montar robô, de utilizar esse robô numa dinâmica”.

As aulas funcionam com desafios. Garcia disse que um desses desafios, por exemplo, consiste em criar robôs para salvar as pessoas de uma vila que está ameaçada por uma erupção vulcânica. Segundo ele, há uma grande satisfação dos pais, por verem os alunos socializando melhor com os colegas e melhorando o raciocínio, e dos próprios alunos, por estarem construindo soluções para problemas e, eventualmente, “salvando pessoas”, como no desastre vulcânico.

O projeto inicial da RoboEduc partiu de um projeto de pesquisa desenvolvido na UFRN, em 2006, com o objetivo de investigar como a robótica poderia ajudar crianças de escolas públicas a melhorarem o seu desempenho. Em 2008 a empresa foi incubada no Núcleo de Aplicação de Tecnologias Avançadas (NATA/UFRN), saindo, em 2010, para o mercado profissional com uma sede física no bairro de Lagoa Nova. Em 2013, deixou de ter sede física e ingressou numa nova vertente, que é a parceria com colégios de Natal. Atualmente, seis escolas têm parceria com a RoboEduc, inclusive uma sediada em Mossoró. A empresa ingressou na Inova Metrópole em 2014, no primeiro edital da incubadora.

A empresa conta com cerca de 30 pessoas trabalhando, entre sócios e colaboradores. Para Garcia, os professores são a principal força de trabalho. Mas destacou também a equipe de criação, que trabalha construindo manuais, slides e todo aparato necessário para os professores ministrarem as aulas. “Toda uma equipe trabalhando para que essa aula funcione de fato”.

Stephanie Zanini, CEO e gerente dos professores da empresa avaliou a importância da Inova Metrópole para a empresa a partir de todo o auxílio que a incubadora presta, desde consultorias até o espaço e o nome da UFRN. Ela destacou, ainda, a importância da incubadora no processo de estruturação da empresa. “Acho que é um degrau que pode contar muito para definir o futuro de uma empresa”.

Matrícula

A RoboEduc recebe novos alunos em qualquer período do ano. De acordo com Stephanie, o fato de o aluno entrar no meio do semestre, sistema com o qual trabalham, não atrapalha no seu aprendizado, pois ele tem acesso a todo o sistema de aulas, podendo, assim, visualizar as aulas anteriores. “Todo início de semestre a gente abre matrícula e geralmente o aluno entra até o segundo mês de aula. Os alunos que estão há mais tempo auxiliam os que entraram agora”, destacou, enfatizando que a empresa incentiva o aprendizado colaborativo.

A RoboEduc atende atualmente cerca de 100 alunos no IMD. Por ainda ter aulas começando, não foi possível afirmar o número de alunos nas escolas. “Mas ano passado a gente chegou a quase 200 alunos no geral”, contou Stephanie.

Mais informações a respeito da empresa e do processo de matrícula podem ser obtidas por meio dos telefones: (84) 3342-2216 (Ramal 147) ou (84) 9971-0667 e pelo e-mail: contato@roboeduc.com.