Inova Metrópole apresenta faturamento de R$ 11 milhões em seu primeiro ano

15-04-2015 / ASCOM

As empresas incubadas na Inova Metrópole, incubadora de empresas vinculada ao Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) obtiveram um faturamento bruto de quase R$ 11 milhões em 2014. O valor arrecadado é superior ao faturamento da melhor incubadora do Brasil, segundo a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC).

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De acordo com o professor Anderson Cruz, gerente da Inova Metrópole, esse faturamento é o resultado do trabalho desenvolvido pela incubadora junto ao esforço das empresas incubadas, que estão transformando o mercado de Tecnologia da Informação (TI) no Rio Grande do Norte. “Nossa incubadora ainda não tem nem dois anos e conseguiu chegar a resultados bem impressionantes para a nossa região e mesmo para o Brasil”, comenta Anderson. Ele ressaltou ainda o fato da Inova Metrópole já ter graduado uma empresa, a SIG Software, que utiliza tecnologia desenvolvida na UFRN e está se consolidando como a maior empresa de TI do estado.

Parte do sucesso da Inova Metrópole é proveniente das boas relações da incubadora com o empresariado potiguar. Anderson comentou que os empresários contatam a Inova Metrópole buscando tecnologias na área de TI e para avaliar possíveis parcerias com a incubadora. “Todas as nossas ações, tirando a parte de monitoramento, avaliação e qualificação das incubadas, são abertas ao público: toda a comunidade universitária bem como nossa comunidade potiguar de empresários ou interessados em empreendedorismo e inovação”, explica o gerente da incubadora.

A Inova Metrópole também faz parte da Rede Potiguar de Incubadoras, que agrega as incubadoras do estado. Nessa rede, segundo Anderson, as incubadoras aprendem umas com as outras através da troca de suas experiências. “E a Inova é vista como um bom modelo a ser seguido”, completa.

Anderson Cruz cita o professor Chris Terman, do Massachusetts Institute of Technology (MIT) para explicar a relação da incubadora com o meio acadêmico: “transformar teses em nota fiscal”. Ele contou que a Inova Metrópole busca o contato com pesquisadores para tentar transformar em negócio rentável pesquisas aplicadas que já são feitas na universidade e resultam em alguma tecnologia, mas que ainda não é madura o suficiente para ser lançada no mercado. “E nisso ganha todo mundo: ganha professor, aluno, a universidade de uma maneira geral, com o retorno da propriedade dessa tecnologia, e ganha também a sociedade, porque faz com que a inovação produzida aqui chegue a ela e não fique apenas como uma tese”, conta.

Novos editais

A incubadora Inova Metrópole tem atualmente 11 empresas incubadas e 12 pré-incubadas, enquanto pode atender a uma demanda de 50 empresas no seu espaço físico. Ela está trabalhando em um edital de seleção de fluxo contínuo, isto é, a incubadora estará disponível constantemente à recepção de propostas de empresas a serem incubadas. O professor Anderson Cruz ressaltou também que a incubadora está buscando um fluxo maior de entrada na pré-incubação, em processos de entrada semestrais. “A fase de pré-incubação é uma grande necessidade que a gente vem notando nos empreendedores potiguares, é uma fase para transformar sua ideia num negócio rentável”.

Embora ainda não tenha finalizado nenhuma etapa de pré-incubação, a Inova Metrópole tem um retorno positivo de cerca de 50% das empresas pré-incubadas. Anderson considera um número alto por se tratar de pessoas que estão entrando com ideias a serem validadas sobre sua rentabilidade.

O investimento ainda é baixo diante da estrutura da incubadora. Em 2014 foram investidos R$ 120 mil através de edital do SEBRAE e cerca de R$ 90 mil provenientes das taxas de participação das empresas na incubadora. O apoio federal parte da estrutura da universidade. Segundo o gerente da incubadora, “sem IMD e UFRN não teríamos condições de alcançar esses resultados”.

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