Empresa incubada GECAM desenvolve sistema para carcinicultura

05-05-2015 / ASCOM

Antes do camarão chegar ao prato do consumidor, ele passa por todo um processo de desenvolvimento. A qualidade do camarão depende de maneira fundamental do ambiente nos viveiros. Mas esse trabalho em alguns viveiros é feito de forma manual e imprecisa. Foi a partir dessa observação que a GECAM, empresa incubada na Inova Metrópole, incubadora de empresas vinculada ao Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), desenvolveu um sistema de monitoramento aplicado à carcinicultura (criação de camarões).

A GECAM esteve presente na Fenacam, a Feira Nacional do Camarão, em novembro de 2014 em Fortaleza (Foto: Divulgação/GECAM)

Esse sistema utiliza rede sem fio para enviar ao produtor os parâmetros físico-químicos da água, como temperatura, níveis de pH, oxigênio dissolvido, entre outras variáveis. “Isso de uma forma facilitada, porque nós instalamos o equipamento no viveiro e ele faz a transmissão sem fio já para o computador do produtor, que já tem os dados em gráficos no computador em tempo real, até mesmo remotamente”, explica Hugo Azevedo, sócio da GECAM.

O trabalho de verificação dessas características ambientais nos viveiros é feito às vezes manualmente, com funcionários trabalhando nesse processo durante dia e noite. De acordo com Azevedo, os produtores muitas vezes não têm a garantia de que os funcionários estejam desempenhando essa função apropriadamente. “Esse sistema facilita para o produtor, porque ele não precisa esperar um relatório de um técnico no dia posterior e consegue tomar ações mais rapidamente. O sistema também possibilita o envio de e-mails de alerta para o produtor, por exemplo”.

O projeto da GECAM surgiu a partir da visita a uma larvicultura (criação de larvas). Lá, percebeu-se a necessidade de um sistema que fizesse um ajuste fino dos parâmetros ambientais dos viveiros. “Existem estudos que indicam que se forem mantidos pH, oxigênio dissolvido, temperatura num padrão, numa faixa bem estabelecida, o camarão tem um crescimento melhor, uma taxa de conversão alimentar melhor”, comentou Hugo Azevedo. A escolha da carcinicultura como nicho de mercado se deu também pela concentração desse mercado nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, o que, segundo ele, foi uma possibilidade de aplicar no mercado local o conhecimento técnico dos três engenheiros eletricistas e do engenheiro mecânico que compõem a GECAM.

A empresa, que surgiu em 2007 e está incubada na Inova Metrópole desde o início de 2014, vê na incubadora o apoio na infraestrutura e no mercado. “A Inova ajudou muito a gente no momento de divulgação na Fenacam (Feira Nacional do Camarão), que aconteceu em novembro do ano passado em Fortaleza”, lembra Azevedo, contando que, com o apoio da incubadora, a empresa fez sua exposição no estande do Sebrae.

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