Empresa incubada Webone System investe na Internet das Coisas

01-06-2015 / ASCOM

Internet das Coisas. Do inglês Internet of Things (IoT), o termo resume a revolução tecnológica que está nascendo e que promete conectar tudo o que puder ser conectado à internet. É também um dos campos de desenvolvimento da Webone System, empresa incubada na Inova Metrópole, incubadora de empresas vinculada ao Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), e a primeira empresa da Inova a trazer a IoT para o seu trabalho.

A Webone System trabalha principalmente na área da telerradiologia, com o armazenamento de imagens médicas, além de desenvolver soluções na área da saúde, para clínicas e hospitais. Romulo Cantanhede, um dos fundadores da empresa, contou que, antes da Webone System, ele e outro sócio trabalhavam no Instituto de Radiologia de Natal. O instituto trabalhava com uma empresa do Sudeste na área radiológica para armazenamento de imagens médicas, mas o custo era muito alto. Eles, então, decidiram encerrar o contrato com aquele instituto e iniciaram a empresa.

“O primeiro contrato foi com o Instituto de Radiologia de Natal. Logo em seguida nós acabamos entrando em outras instituições, como o Hospital do Coração, o Promater e a Liga Contra o Câncer. E muito nesse diferencial, de ser uma empresa aqui de Natal que consegue trabalhar com essa parte de armazenamento de imagem médica”.

“Um outro nicho que a gente está atacando é uma solução chamada ‘Guardião cloud’, que a proposta dele é ser uma plataforma na parte de Internet das Coisas”, disse Cantanhede. O Guardião cloud é uma plataforma acessível via internet que pode ser usada por qualquer pessoa. Com o software é possível fazer coleta de informações em vários formatos e acompanhar os processos em tempo real.

“Nós temos uma documentação on-line, e a proposta é que com essa documentação você possa criar os seus dispositivos e fazer a coleta dessas informações para esse tipo de solução. A gente segue a premissa do makers. Então com um hardware como o Arduino eu consigo pegar informações de temperatura e umidade de um certo ambiente e monitorar, fazer um acompanhamento. Em caso de problemas, eu consigo gerar alertas. Por exemplo, aconteceu algo no ano passado numa clínica em Pau dos Ferros, onde o pessoal foi fazer manutenção de energia e o freezer onde estavam os medicamentos radiológicos tinha ficado desligado durante todo o final de semana. Simplesmente pegaram os medicamentos, em torno de R$ 15 mil, e colocaram no lixo. Já aconteceu aqui mesmo em Natal casos de vacinas se perderem porque não estavam sendo conservadas de forma adequada. Então, é o tipo de solução em que ela consegue ser utilizada e aplicada em diversos cenários, diversos ambientes”.

A Webone System aposta fortemente na Internet das Coisas. “O conceito de Internet das Coisas abrange qualquer tipo de informação, qualquer tipo de coleta de informação”, explicou Cantanhede. De acordo com ele, o Guardião cloud é a primeira plataforma, inclusive comercial, no Brasil a atender a área de IoT. “Para o Guardião existe uma promessa de mercado para 2020 em nível de área tecnológica muito grande. A gente está investindo em algo que é lá para a frente, para 2020. Tem cinco anos a mais para validar a ideia”.

A pequena empresa, com menos de três anos de existência, três sócios e cinco funcionários, é vista por Cantanhede ainda como uma startup. “É uma empresa que tem a vontade de querer fazer as coisas. A gente tem a liberdade de desenvolver e criar soluções diferenciadas, não tem essa coisa fechada de trabalhar só com X, Y ou Z”.

Na Inova Metrópole desde dezembro, o ingresso na incubadora foi visto como uma grande vantagem pelo fundador da startup, pois houve também diminuição nos custos da empresa. “É muito complicado, todo mundo sabe, que para uma empresa se consolidar no mercado ela passa por altos e baixos. É difícil dizer: quem nunca pensou em desistir da coisa toda? A gente sabe que é bem complicado”.

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