Artigo de professores da UFRN é publicado no The Journal of Neuroscience

24-08-2017 / ASCOM
O artigo "Place and grid cells in a loop: implications to memory function and spatial coding", primeiro trabalho na área da biologia e neurociência utilizando o supercomputador do IMD-NPDA/UFRN, de autoria dos professores César Rennó-Costa (Instituto Metrópole Digital) e Adriano Tort (Instituto do Cérebro) foi publicado com destaque (featured article) no The Journal of Neuroscience (Capes A1), nesta terça-feira, 23 de agosto (http://www.jneurosci.org/content/37/34/8062). Esse artigo é um produto da Programa de Pós-graduação em Bioinformática do IMD e da interação entre o Instituto do Cérebro e o Instituto Metrópole Digital, com a utilização do supercomputador para simular em um ambiente virtual o funcionamento do hipocampo, uma região do cérebro muito importante para a formação de novas memórias e para a capacidade do ser humano se localizar em determinado ambiente. Os autores propõem uma nova teoria sobre como os animais criam um mapa mental do ambiente que os cerca, permitindo a realização de processos mentais, como a navegação ("para sair do prédio, eu devo andar até o fim do corredor, descer as escadas e ir para a direita") e a memória espacial ("eu guardei as chaves do carro na gaveta da cômoda"). “Mais especificamente, nós propomos uma nova organização para dois tipos de neurônios encontrados nesta região cerebral - as células de lugar e as células de grade - que foram temas do Prêmio Nobel de 2014 em Fisiologia e Medicina. Nós emulamos em um ambiente virtual no supercomputador uma série de experimentos realizados em animais, e mostramos que os dados obtidos considerando a nossa teoria eram capazes de esclarecer uma série de fenômenos até então inexplicados. O principal impacto desse trabalho é que agora temos um entendimento mais claro sobre o mecanismo do cérebro que suporta nossa capacidade de lidar com o espaço”, afirmaram os autores. Rennó-Costa e Adriano Tort afirmam, ainda, que o trabalho demandou muitos recursos computacionais e só foi possível ser realizado pela disponibilidade do supercomputador. Além do supercomputador da UFRN, foi utilizado o cluster do Instituto do Cérebro e o supercomputador da UFRGS. O trabalho foi financiado pela CAPES e pelo CNPq.

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