Void 3D - empresa incubada na Inova Metrópole faz tudo que é necessário para tirar as ideias do papel

A empresa de robótica educacional cresceu e hoje é uma empresa de projetos
05-10-2017 / ASCOM
Inova Empreendedorismo

Dedicada à fabricação de impressoras 3D, projetos de software e desenvolvimento de robôs, a Void 3D é umas das empresas recém-incubadas na Inova Metrópole que, com apenas 4 meses de incubação já apresenta resultados promissores para o ramo tecnológico local.

Fruto da parceria de 5 engenheiros, ex-alunos do mesmo laboratório, a ideia de negócio do empresário Eugênio Paccelli era, na realidade, fabricar uma só impressora 3D para viabilizar a construção de peças mecânicas para tornar o projeto de extensão da UFRN, Um Robô por Aluno (URA), em uma empresa de robótica educacional.

O que eles não esperavam era se identificar tanto com a construção de máquinas. “No início era uma empresa de robótica educacional, só que, na medida que começamos a refinar o projeto, vimos que se tornaria inviável, pois seriam necessários muitas máquinas e investimentos. Decidimos, então,  fazer uma impressora 3D para viabilizar nossa produção, mas quanto mais fazíamos a impressora,  mais a gente começava a se apaixonar e via que era um nicho de mercado muito grande e uma oportunidade muito boa. Sugeri aos outros sócios que mudássemos o foco inicial e todos gostaram. Repaginamos a empresa e colocamos o nome Void 3D”, afirmou Eugênio Paccelli.

E a paixão mostrou que os jovens têm vocação, tanto para a construção de máquinas, quanto para as estratégias empresariais. Com um investimento de R$ 100 reais por sócio, compraram os primeiros componentes para fazer a primeira máquina, que foi vendida e rendeu dinheiro para produção de mais 3 máquinas. E desde então esse tem sido o principal produto da empresa, além de objetos personalizáveis, projetos de software diversos e desenvolvimento de robôs.

Mesmo recém incubada na Inova Metrópole do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), há apenas 4 meses, Eugênio Paccelli conta que a empresa vive um novo tempo. “A partir do momento que você faz parte da Inova, a empresa tem assessoria jurídica, assessoria de marketing, financeiro, logística, um suporte completo que é muito importante”, destacou Eugênio.

Morte precoce de empresas

Segundo pesquisa de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 52% das empresas morrem em menos de 4 anos. Para chegar a essa conclusão, a pesquisa considerou a comparação entre o número de empresas abertas em 2009 e quantas delas ainda estavam ativas em 2013. O período considerado na pesquisa foi de quatro anos, mas a época mais crítica é o primeiro ano após a abertura da empresa. Cerca de 22% das empresas não resistem aos primeiros doze meses. Mais 12% das empresas fecham durante o segundo ano; 10% durante o terceiro ano e, finalmente, 8% no quarto ano.

Por isso o suporte de gestão, estrutural e troca de ideias, proporcionado pela Inova Metrópole para uma empresa nova no mercado é imprescindível para o amadurecimento e também para dar lugar a novas oportunidades. “Estar no IMD me ajudou muito a vestir a camisa, ser mais comprometido com a empresa, pois antes éramos uma empresa de amigos, com projetos legais, mas a partir do momento que a gente entrou na Inova, nos tornamos uma empresa de verdade. Existe claramente um antes e depois, somos bem diferentes”, afirmou o empresário.

 Dentre as criações da Void está a máquina estereotáxica, um aparelho que é controlado por um computador que será utilizado para cirurgias no cérebro de pequenos roedores como ratos e camundongos. Essa foi uma demanda do Instituto de Cérebro da UFRN, que necessitava de uma máquina mais fácil de manusear do que as máquinas utilizadas pelos cientistas do ICe atualmente.

Outro projeto da Void 3D é o Robold, um robô de telepresença, com aplicações para a área da saúde, que funciona como um intermediário entre o médico e o paciente em caso de atendimentos à distância, permitindo maior interação e movimentação. Esse robô é voltado para o acompanhamento de pessoas idosas ou com necessidades especiais e, apesar de ainda estar em fase de desenvolvimento, já foi apresentado na conferência “TEDx: ideias que merecem ser compartilhadas”, internacionalmente conhecida por apresentar grandes ideias tecnológicas e promover discussões e conexões.

A apresentação do Robold aconteceu em um dos debates do evento, voltado para a área da saúde. A partir desse projeto, a empresa já vê possibilidades de aplicações para os robôs de telepresença em diversas áreas, como segurança, através do monitoramento, ou turismo, funcionando com um guia turístico, entre outras.

“Hoje em dia a VOID já evoluiu, não é uma empresa só de impressoras 3D, mas acima de tudo somos uma empresa de projetos. Fazemos projetos mecânicos e de eletrônica, software, tudo que é necessário para tirar sua ideia do papel”, concluiu Eugênio Pacceli.

Para conhecer mais sobre a Void 3D, acesse: www.void3d.com.br