Existe uma novidade no mundo do surfe e ela não está nas praias. Mesmo assim, chamou tanto a atenção dos surfistas que cerca de 50 mil deles resolveram participar dela nos últimos meses. Trata-se de uma plataforma que é uma mistura de loja virtual e rede social e que tem o objetivo de conectar fotógrafos a amantes do surfe.

A startup Surfmappers funciona como “um marketplace, onde os fotógrafos colocam suas fotos e vídeos e os surfistas registrados acham as suas imagens preferidas e as compram”, segundo explica o CEO da empresa, Victor Fernandes. Tudo isso no endereço eletrônico www.surfmappers.com.

Atualmente a plataforma conta com mais de 2 milhões de fotos, de amadores e profissionais, de 23 países. Além disso, mais de 50 mil surfistas se cadastraram e permaneceram ativos nos últimos meses e cerca de 1500 fotógrafos se registraram. As pessoas podem marcar umas às outras em fotos, agendar sessões de fotografias e seguir tanto surfistas como fotógrafos, de modo a saber das novidades do trabalho deles, como numa rede social.

Para a assessora de comunicação da Surfmappers, Andrezza Pessoa, a empresa é promotora de uma disruptura no mercado audiovisual, através da tecnologia. “Temos no site desde caras que só vendem para revistas, até os que fazem fotos simples nos finais de semana em Ponta Negra; a oportunidade que a gente cria é divulgar o mercado da fotografia como um todo, todo mundo tem uma oportunidade de ganhar dinheiro com isso”, empolga-se ela.

Inova

A empresa participava do programa de pré-incubação da Inova Metrópole desde 2016 e agora evoluiu para o programa de incubação. Comentando sobre a vinculação com a incubadora do Instituto Metrópole Digital, Andrezza Pessoa diz que “sem a Inova não tem Surfmappers. Nós só existimos porque estamos nesse ecossistema que podemos utilizar, com todos os recursos tecnológicos possíveis e todos os contatos que podemos ter”.

A equipe da Surfmappers é composta pelos graduados em Tecnologia da Informação (TI) Yuri Alessandro, Lucas Limeira, Elton Viana e Yves Cabral, pela jornalista Andrezza Pessoa, a design Ana Helena Peres e Victor Fernandes, mestre em Engenharia da Computação e CEO da empresa.

Início

Mas o acerto da proposta da startup não surgiu de imediato. Victor Fernandes conta que a empresa surgiu, no início, com o objetivo de proporcionar o mapeamento colaborativo de ondas. “O surfista ou fotógrafo, ao tirar sua foto pela plataforma, compartilharia a localização com os outros usuários, a fim de comunicar o estado da praia naquele momento”, lembra ele.

Porém o que o empreendedor não esperava era o ciúme dos surfistas pelas melhores ondas. “Quando o mar está bom, os surfistas não querem falar que tem boas ondas, porque senão vai vir o pessoal e ele terá que dividir as ondas; e quando está ruim, você não tem muita motivação de andar até um lugar bom e tirar uma foto”, explicou.

Opções

A partir disso, ele começou a pensar em outras opções de negócio que seguissem a mesma linha e percebeu a dificuldade que os fotógrafos de surfe tinham em vender suas fotos para os surfistas, e, da mesma forma, a dificuldade que os surfistas tinham de encontrar os fotógrafos. Surgiu, então, a ideia da loja virtual. “Eu percebi que seria uma oportunidade melhor, então joguei tudo fora e comecei de novo”. E foi quando surgiu o formato atual da plataforma.

Mas o projeto da empresa ganhou fôlego mesmo nos últimos dois anos, depois da entrada na Inova Metrópole.  “Antes disso, era uma ideia que eu estava desenvolvendo praticamente sozinho e, quando cheguei na Inova, as coisas ficaram mais concretas. Passei a ter pessoas diferentes dando direções em áreas que eu não tinha conhecimento, devido às mentorias na área de negócios, financeiro, contábil. Contratei uma equipe para trabalhar comigo e comecei a atuar em um formato mais sólido”, explica ele.

Veja também o blog da empresa: https://blog.surfmappers.com/

Entenda o trabalho da empresa: https://www.youtube.com/watch?v=-SgroXtKQEk