Uma pesquisa realizada no âmbito do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), em parceria com o setor de oftalmologia do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL/UFRN), vem trabalhando no desenvolvimento de uma solução para pessoas com baixa visão.

O One Eyes é um sistema embarcado programado para visualizar tudo aquilo que está disponível em seu campo de visão. A imagem captada por esse dispositivo é transmitida para um aparelho móvel, como um smartphone, que processa a imagem por meio de uma aplicação específica (que atua em conjunto ao One Eyes) e a oferece ao usuário.

A pesquisa já possui um protótipo funcional, com hardware e software, e está em fase de testes e aprimoramentos.

Responsável por coordenar a equipe desenvolvedora do sistema, o professor Ivanovitch Silva esclarece que o dispositivo One Eyes funciona de forma a oferecer ao usuário imagens processadas, de modo que a pessoa que possui baixa visão possa enxergar com melhor qualidade.

“Imagine que você tenha baixa visão e não consiga enxergar o quadro em sala de aula. Se você encostar o celular próximo ao rosto, conseguirá enxergar, mas na aula você não pode ficar encostado no quadro. Agora, imagine um dispositivo que enxerga o quadro por você e manda essa imagem para o seu celular”, exemplifica o professor.

O One Eyes é um dispositivo óptico vestível, que funciona por meio de dois hardwares: um dispositivo móvel, que capta as imagens do ambiente, e uma peça acoplada à cabeça do usuário (como óculos, porém maior) que é usada com o smartphone e permite ao usuário ver as imagens processadas por meio de uma aplicação específica (software).

Colaboração

A parceria entre o IMD e o HUOL teve início no segundo semestre de 2018. A ideia de desenvolver um dispositivo com o intuito de auxiliar pessoas com baixa visão surgiu a partir de uma necessidade identificada em sala de aula: o caso específico de um estudante do curso de medicina da UFRN.

“Esse aluno com baixa visão contatou o professor dele, Francisco Irochima, que veio ao IMD, falou sobre o problema e propôs uma ação conjunta para solucionar a questão”, relata Ivanovitch Silva.

Ao longo de dez meses, o projeto conta com a colaboração do curso de medicina da UFRN e dos alunos do Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI) do IMD, Vitor Greati e o Vinícius Tinoco.