UFRN firma parceria com SESAP para criação de novas tecnologias em saúde
Vigilância epidemiológica é objeto de projeto tecnológico articulado pelo IMD
03-03-2020 / ASCOM
Como forma de otimizar a vigilância epidemiológica do Rio Grande do Norte e fortalecer o trabalho de saúde pública, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio do Instituto Metrópole Digital (IMD), assinou, na tarde de hoje (3), um projeto que visa criar novas soluções de Tecnologia da Informação (TI) para uso da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (SESAP).
A assinatura do termo de convênio aconteceu no gabinete da Reitoria da UFRN e oficializou o início da parceria, que durará até março de 2022. A iniciativa promete otimizar o uso do banco de dados da SESAP, bem como criar novas plataformas de divulgação de protocolos clínicos para instituições e profissionais da saúde.
Para representar a Universidade, estiveram presentes na reunião o reitor Daniel Diniz, o diretor do IMD, professor Ivonildo Rêgo, e docentes do Instituto. Também compareceram o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia, e a subcoordenadora de vigilância epidemiológica da SESAP, Alessandra Lucchesi.
Projeto
Intitulado “Desenvolvimento e Inovação em TI na Vigilância Epidemiológica do Estado do RN”, o projeto tem como principal objetivo criar uma série de soluções tecnológicas que otimizem o trabalho da SESAP em todo o estado potiguar.
Para isso, a parceria prevê a criação de um aplicativo para dispositivos móveis que permita a divulgação, em tempo real, de protocolos clínicos e dados epidemiológicos por região.
“A ideia é criarmos um aplicativo que forneça facilmente dados da Secretaria, como um boletim separado por região. O profissional de saúde, por meio do GPS de seu celular, poderá ver o quadro epidemiológico daquela área e, com isso, saber que condutas deve tomar para casos específicos”, explica Alessandra Lucchesi.
O projeto também visa divulgar automaticamente uma série de protocolos e notas técnicas, que deverão ser seguidos pelas instituições promotoras de saúde para redução de riscos e do número de óbitos.
A perspectiva é que, a partir do dia 10 deste mês, com a publicação no Diário Oficial do Estado, a iniciativa comece a ser operacionalizada. Para isso, o IMD lançará uma série de editais de seleção para alunos de graduação e pós-graduação que queiram se engajar no projeto como bolsistas.
“Pretendemos possibilitar uma intervenção rápida quanto ao tratamento de casos relacionados a problemas epidemiológicos, tudo baseado em informações colhidas em tempo real. Essas novas tecnologias podem, inclusive, nos ajudar no manuseio de bancos de dados em outras áreas, como Saúde do Trabalho”, comenta Cipriano Maia.
Oportunidade
Durante a reunião, o diretor Ivonildo Rêgo também aproveitou a ocasião para discutir a possibilidade de se criar futuras novas parcerias. Dentre as sugestões, o professor destacou a oportunidade de vincular as atividades desempenhadas pelas residências em TI do IMD às demandas da SESAP.
“Quando pensamos em profissionais de pós-graduação desenvolvendo soluções de TI para a saúde pública, estamos pensando não apenas na otimização do quadro epidemiológico do estado, mas também na criação de novas oportunidades. Uma nova tecnologia pode criar uma startup, que cria empregos e, consequentemente, ajuda na economia do RN”, argumenta Ivonildo Rêgo.