Tecnologia criada no IMD e utilizada no Museu Câmara Cascudo recebe registro de software
Sistema Publicus, utilizado no MCC desde 2017, é a mais novo software registrado da UFRN
10-03-2020 / ASCOM
De modo a reconhecer e oficializar o uso de suas tecnologias inovadoras, o Instituto Metrópole Digital, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (IMD/UFRN), adquiriu, na última semana, o certificado de registro de software do sistema Publicus, solução que registra dados referentes a visitas do Museu Câmara Cascudo (MCC/UFRN).
O documento, expedido na última semana, confere à UFRN a propriedade do sistema, garantindo sua maior usabilidade. A solução – desenvolvida pelo professor do IMD Bruno Santana e utilizada pelo museu desde 2017 – permite ao MCC registrar todo tipo de visita por meio de um software inteligente, capaz de gerar relatórios específicos por dia, mês, entre outras informações.
“A ideia de se criar o Publicus surgiu após eu visitar o Câmara Cascudo e perceber que todos os registros de entrada eram feitos no papel. Isso atrasava bastante o trabalho e conseguir dados específicos era algo bem difícil, uma demanda para meses”, comenta Bruno Santana.
A ferramenta foi desenvolvida com auxílio de alunos de graduação e das instalações do laboratório UseIT (Laboratório de Interação Humano-Computador e Sistemas Colaborativos) do Núcleo de Pesquisa e Inovação em Tecnologia da Informação (nPITI) do IMD.
Vantagens
Além de registrar entradas e gerar relatórios, o software oferece uma série de outras vantagens à direção do MCC, como, por exemplo, a criação de um planejamento assertivo de atividades baseado em todos os dados registrados na plataforma.
“Visualizando o movimento de pessoas, é possível planejar, por exemplo, eventos que atraiam mais gente nos meses de pouca assiduidade. Conseguimos levantar informações sobre o perfil dos visitantes e chegamos a mudar até alguns horários de funcionamento, dadas as informações levantadas diariamente pelo sistema”, conta Cristiana Medeiros, pedagoga do museu.
Sobre o quesito de eventos, a ferramenta também permite que a instituição possa aferir o sucesso de suas programações com base no número de visitas. “Podemos verificar, com detalhes, se uma exposição alcançou êxito e em quais horários foi mais atrativa ao público”, comenta Étore Medeiros, produtor cultural do MCC.
A plataforma também tem ajudado o MCC no que diz respeito ao repasse de informações ao Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). “Todos os anos a instituição deve repassar dados relacionados às visitações. Com o software, essa prestação é feita com muito mais rapidez”, destaca o professor.
Além do Câmara Cascudo, o Publicus também está disponível para ser utilizado em outras instituições públicas ou privadas. Uma delas é o Museu de Ciências Morfológicas da UFRN, onde a ferramenta encontra-se em fase de implementação.
Case
Composto por duas interfaces – uma para registro das visitas e outra para consulta analítica de dados – o Publicus já foi utilizado também como case em salas de aula do IMD.
“Além de oferecer ao MCC uma solução de TI, a ferramenta também serve como uma problemática real para os alunos de graduação do IMD. Em sala de aula, os estudantes são encorajados a pensar em algoritmos e a analisar o funcionamento e configuração do sistema”, aponta Bruno Santana.
Segundo o docente, o Publicus já foi estudado na disciplina “Introdução a Interação Humano – Computador” e sua temática de cálculo automatizado de visitas já foi utilizada em trabalho na matéria de “Pensamento Computacional”.
Com o armazenamento inteligente de dados, é possível também que estudantes de graduação e pós-graduação tenham acesso às informações para o desenvolvimento de futuros estudos acadêmicos. “Com a autorização do museu, todos esses dados poderão ser úteis para futuros trabalhos científicos”, comenta o docente.