Software desenvolvido pelo IMD registra dados de 1,6 mil teleatendimentos sobre Covid-19
Sistema auxilia serviço ofertado pelo Instituto de Medicina Tropical da UFRN
22-06-2020 / ASCOM
De maneira a contribuir para a assistência médica contra o Coronavírus (Covid-19), colaboradores do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) criaram um sistema capaz de registrar dados oriundos de consultas de telemedicina e reunir informações sobre testes do novo vírus em pacientes de Natal (RN) e de cidades do Alto Oeste potiguar.
A ferramenta, em uso pelo Instituto de Medicina Tropical (IMT/UFRN) desde março deste ano, foi desenvolvida por professores e alunos vinculados à Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) do IMD e já auxiliou mais de 1,6 mil teleatendimentos e computou dados referentes a mais de 5 mil exames de Covid-19.
Segundo a professora Eliana Lúcia Tomaz, vice-diretora do IMT, a utilidade do software se dá tanto no atendimento especializado para esclarecer dúvidas da população sobre o vírus, como no registro e contato pós-exames.
“No teleatendimento, fazemos uma ficha clínica virtual dos pacientes e reunimos tudo no sistema. Já no atendimento pós-exame, registramos todos os dados enviados por unidades de saúde, o que tem ajudado infectologistas a contatar os pacientes diagnosticados com Covid-19 e passar as devidas recomendações médicas”, explica a vice-diretora.
Teleatendimento
Destinado a esclarecer dúvidas de pessoas suspeitas de terem contraído Covid-19, o teleatendimento médico do IMT – acessível pelo número (84) 3342-2300 – visa evitar o deslocamento até unidades de saúde, de maneira a diminuir a propagação do novo vírus.
O serviço acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e conta com o apoio de médicos e enfermeiros lotados no IMT e de profissionais de outros departamentos da UFRN, como Diretoria de Atenção à Saúde do Servidor (DAS) e Departamento de Infectologia da Universidade.
Diagnóstico
O IMT tem oferecido a unidades de pronto atendimento de Natal, Mossoró, Apodi e Areia Branca materiais para coleta e diagnóstico do Coronavírus, de maneira a receber informações de diferentes locais e traçar, também, o quadro epidemiológico da doença no RN.
“Esses dados ajudarão tanto os profissionais de saúde, que adotarão medidas mais assertivas no tratamento, como também as próprias autoridades, que poderão tomar decisões baseadas em dados concretos, de modo a traçar um panorama mais completo da doença”, comenta Selma Jerônimo, docente da UFRN que integra o grupo articulador da iniciativa.
Para a coleta e registro de dados pós-exame, o IMT conta com o apoio de diferentes órgãos e colaboradores, tanto de Natal como dos municípios do Alto Oeste.
“Temos constante interação com profissionais da assistência, prefeitos e secretários de saúde. Fazemos essas parcerias de maneira a auxiliar o poder público tanto nesse levantamento de informações como no apoio às notificações das pessoas infectadas”, comenta Tomaz.