Plataforma do IMD para cidades inteligentes recebe registro de propriedade intelectual
SmartGeol é utilizada por dois ministérios e auxilia segurança, educação e recursos hídricos
24-06-2021 / ASCOM
Anos de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico renderam ao projeto Smart Metropolis, do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), mais uma conquista para o seu portfólio. Isso porque, neste mês, a iniciativa conseguiu, junto Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), o registro de propriedade intelectual de mais uma de suas tecnologias: a plataforma Smart Geolayers.
Fruto do trabalho de professores, alunos e pesquisadores, o Smart Geolayers – hoje em uso pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e pelo Ministério Público do RN (MPRN) – atua como uma ferramenta de georreferenciamento que gere e integra dados oriundos de diversos sistemas utilizados pela gestão pública.
Segundo o professor Frederico Lopes, coordenador do Smart Metropolis, o registro de propriedade representa um marco para o IMD.
“É uma das soluções com maiores abrangências dentro do Smart e tem potencial para ser usado em diversos contextos diferentes por vários outros órgãos e instituições públicas, desde que usem informações georreferenciadas para tomarem decisões. Esse registro abre portas para mais iniciativas no futuro”, comenta o professor.
SGeol
A plataforma SGeol surgiu a partir de uma necessidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) de Natal, que demandava a integração de dados georreferenciados e outras informações oriundas de processos como licenciamento de obras, por exemplo.
A partir disso, o sistema foi alimentado com dados de diferentes fontes, como secretarias de segurança pública e de educação, e tornou-se um sistema customizável capaz de reunir diversas informações de cidades inteligentes e humanas do porte de Natal, Mossoró ou Parnamirim.
Segundo Frederico Lopes, o Smart Metropolis agora está finalizando, tendo como base o Smart Geolayers, o desenvolvimento de um painel de segurança hídrica com abrangência nacional.
“A proposta é ajudar na gestão hídrica do país inteiro. Inicialmente trabalhamos junto ao projeto de integração do Rio São Francisco e já temos os primeiros resultados. É uma ação que ainda está em fase inicial e é feita em parceria com o MDR e com a Agência Nacional de Águas (ANA)”, conta Frederico Lopes.
Além disso, outra abordagem do SGeol acontece no ramo da educação pública. Por meio do projeto Smart Geolayers – Education (SGeol-Educ), o sistema cruza dados escolares com informações de áreas onde ficam as escolas, com o objetivo de indicar fatores internos e externos que impactam o aprendizado.
“A ideia é correlacionar informações não apenas dos resultados escolares, mas investigar suas possíveis influências. Por exemplo, é possível reunir informações sobre segurança pública nos arredores da escola, existência ou não de equipamentos esportivos, distância da moradia dos alunos em relação ao colégio, entre outros fatores que podem impactar na educação dessas pessoas”, destaca o docente.