“Não existe inovação sem pesquisa e não existe pesquisa sem inovação”

03-11-2014 / ASCOM

Trabalhar numa empresa de renome internacional é o objetivo de muitas pessoas, mas por que não começar essa história ainda na universidade? O gerente de educação da Intel Semiconductors Brasil, Rubem Saldanha, falou sobre essa temática na sexta-feira, 31 de outubro durante a palestra “Intel@Universities – What that means for a student?” (“Intel nas Universidades – O que isso significa para um estudante?”). O evento, organizado pelo NPITI, aconteceu no auditório B-206 do CIVT e foi transmitido ao vivo para o auditório B-204 e para o auditório do NPITI.

Sempre em tom descontraído e leve, interagindo com o público, Saldanha conduziu a palestra prendendo a atenção de todos. Outro diferencial foram os slides usados por ele: estavam todos em inglês. De acordo com ele, estudantes e profissionais da área de Tecnologia da Informação (TI) devem saber falar inglês ou, no mínimo, entender o idioma para crescer no mercado. “60% do meu dia de trabalho é em inglês”, disse o palestrante, afirmando ainda que sua atuação é mais voltada para o público externo.

Rubem Saldanha, gerente de educação da Intel Semiconductors Brasil (Foto: Lucas Oliveira/IMD)

Em seguida ele focou na história e atuação da Intel. Resumidamente, a empresa foi fundada em 1968 por dois cientistas e empreendedores, Robert Noyce e Gordon Moore, na área de fabricação de memórias de computador. Na metade da década de 1980, Saldanha disse que “houve essa grande mudança no foco da Intel por causa da concorrência japonesa na produção de memória”, quando a empresa passou a trabalhar, principalmente, com processadores.

Os processadores são fabricados em locais chamados de “salas limpas”. Para ocupar esse local é necessária uma hora para todo o processo de se vestir de forma a ficar hermeticamente isolada do ambiente. De acordo com o palestrante, o ar da sala limpa é tão puro que chega a ser oito vezes mais limpo que o ar que circula num hospital.

A Intel detém 96% do mercado de processadores para servidores, 92% para desktops (computadores de mesa), notebooks e netbooks e 50% para smartphones e tablets. Saldanha destacou ainda que a Intel só detinha 2% desse último mercado no ano passado. A multinacional tem ainda 170 escritórios em 66 países, com 170 mil funcionários, sendo: 84.600 técnicos, 10.200 Mestres em Ciências, 5.400 doutores (PhD) e 4.000 MBA.

“Não existe inovação sem pesquisa e não existe pesquisa sem inovação”, alertou o palestrante, mostrando que a Intel investiu US$ 10,6 bi em pesquisa em 2013, entre investimentos dentro da própria empresa, com seus funcionários, e nas universidades. A visão da Intel é, nessa década, “criar e estender a tecnologia computacional para melhorar a vida das pessoas”.

Um dos projetos da Intel é a “Platforms for creators” (“Plataformas para criadores”). Consiste numa placa Intel® Galileo com fins educacionais. Estudantes e professores universitários podem usar as placas para, como Saldanha incentivou, criar, inventar e tentar. A UFRN foi uma das universidades contempladas com essas placas, recebendo da empresa 35 unidades para uso acadêmico.

Saldanha alertou para a necessidade da Intel de professores, alunos e universidades que desenvolvam tecnologia junto à empresa. Algumas universidades, como USP e Unicamp, já fazem esse trabalho, “E por que não a UFRN?”, indagou. Todos recebem a mesma formação na graduação, lembrou ainda o palestrante. “Quando vocês saírem daqui, quem vai se destacar? Quem fez mais do que o básico. Excedam-se. Façam mais”.

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