IMD e NEI oferecem programação educativa para crianças com superdotação

Em projeto piloto, 1ª edição do Talento Kids é oferecido para crianças de 6 a 13 anos
10-07-2023 / ASCOM
Curso Talento Metrópole

Expandir o olhar e a formação de pessoas com altas habilidades (superdotação). É com essa missão que colaboradores do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) e do Núcleo de Educação da Infância (NEI/UFRN) estão promovendo, nesta semana, o Talento Kids – primeira ação do IMD voltada à educação e desenvolvimento de crianças identificadas com altas habilidades.

Com atividades acontecendo desde o dia 3, o projeto é vinculado ao Talento Metrópole – especializado na formação de jovens com altas habilidades em TI. A novidade é que as atividades são dirigidas para o público infantil e traz em sua programação ações que contemplam campos diversos, como artes e criatividade, habilidades físicas, percepções emocionais, entre outros.

Segundo a professora Izabel Hazin, coordenadora do Talento Metrópole, os encontros foram pensados especialmente para fortalecer o desenvolvimento de pessoas com altas habilidades, especialmente em um momento crucial de sua trajetória, que é a infância.

“Nessa idade, as crianças estão passando por um momento ótimo para o seu desenvolvimento, mas muitas vezes essas habilidades não são incentivadas nesse tempo. E quanto mais precocemente nós oferecemos a ela esse potencial, mais chance nós temos de gerar talentos culturais e beneficiar tanto a criança como a sociedade”, comenta Hazin.

Além disso, o Talento Kids é um incentivo da universidade para que se garanta o acesso de crianças com altas habilidades ao direito legal de desenvolvimento de potenciais. Essa garantia, inclusive, é um eco do debate da inclusão educacional, conforme explica Kêmile Tomé, psicóloga do NEI.

“Quando falamos em inclusão, é comum pensarmos, por exemplo, em crianças com TDAH, TEA, entre outros. Mas não lembramos das altas habilidades, que tem, sim, muita demanda, mas não a assistência necessária. A partir daí, pensamos nas ações para as crianças, aproveitando-se das iniciativas que o IMD já tem com o Talento Metrópole, que atende adolescentes”, conta a psicóloga.

Dentre as atividades do Talento Kids – cuja programação se estende até a próxima quinta-feira (13) –, estão a exibição de vídeos, atividades físicas ao ar livre, visita a museus, oficinas de música e criatividade, entre outras.

A turma desta primeira edição é formada por 11 alunos, todos em férias escolares e com idades de 6 a 13 anos.

Ampliar a visão

Segundo Kêmile Tomé, a proposta do Talento Kids é também ampliar a visão e a oferta de atividades voltadas ao universo das altas habilidades, especialmente por englobar diferentes tipos de capacidades que vão além da típica visão que comumente se tem acerca do tema.

“Quando a gente fala em altas habilidades, é comum pensar na criança com QI alto, grande capacidade em linguística, matemática e assim por diante. Mas nós trabalhamos com o conceito de múltiplas inteligências, o que também contempla áreas como música, habilidades interpessoais, corporal-cinestésica, entre outras”, explica a psicóloga.

A partir dessa percepção, o Talento Kids surge com a proposta de oferecer o que a equipe define como “oficinas de enriquecimento”, que contemplam desde atividades lúdicas e sensoriais, como música, até questões ligadas à emoção, pensamento computacional, capacidades audiovisuais, entre outras.

A partir dessas primeiras experiências do projeto, a proposta da equipe é montar uma vertente infantil das atividades voltadas a pessoas com superdotação, de maneira que talentos sejam aproveitados desde a infância.

“Essa primeira edição é um projeto piloto, que nos ajudará a estruturar a melhor forma de selecionar e de atender a população com altas habilidades. É um programa em construção”, explica a psicóloga.

Talento Metrópole

Conduzido há mais de sete anos no IMD, o Talento Metrópole atende atualmente estudantes que estão cursando tanto o Ensino Fundamental (7°, 8º e 9º ano) como o Ensino Médio.

Uma vez no programa, o jovem é acompanhado por um tutor (professor pesquisador da UFRN), junto ao qual desenvolve um plano individual de trabalho, considerando interesses, habilidades e competências do aluno.

Além disso, o estudante dispõe de toda a infraestrutura do IMD, sendo assistido por equipe especializada constituída por psicólogos, pedagogos e assistente social.

Mais informações estão disponíveis no site.