O Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) recebeu, no último mês, do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) o registro de software do sistema BR-PlantExpert. O programa de computador, desenvolvido junto à Petrobras, é voltado para otimizar o gerenciamento de ativos de automação – dispositivos utilizados para controlar e monitorar processos industriais.

Criado por docentes e discentes do IMD e de outros departamentos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o BR-PlantExpert oferece duas funcionalidades principais, ambas voltadas para organizações industriais, como a Petrobras.

Uma dessas funções é a gestão da Massa de Gás para Tocha (MGT), que visa estimar a quantidade de gás queimado para aliviar a pressão em sistemas de forma segura e ecológica. Além disso, o software, ao considerar uma série de variáveis, ainda estima o valor monetário perdido com a queima de gás.

Já a segunda funcionalidade promove o monitoramento do sistema de automação – dispositivos que realizam o controle e monitoramento do processo industrial. O sistema detecta quando a automação não está completamente íntegra e emite alertas em uma gestão unificada, gerando indicadores úteis para os gestores de indústrias.

“O BR-PlantExpert nasceu em 2018 em um projeto de estudos e de metodologias técnicas e foi criado para suportar o desenvolvimento de aplicações avançadas de automação. Hoje, o sistema segue em evolução e é focado no tratamento inteligente de dados e metadados industriais para engenharia de manutenção e confiabilidade”, explica o professor Gustavo Leitão, docente do IMD envolvido no desenvolvimento da solução.

Atualmente em operação na Petrobras, o sistema ainda não foi licenciado para empresas fora da companhia. No entanto, há planos para expandir o uso internamente, como para diversas refinarias, e, futuramente, disponibilizá-lo para outras empresas de diferentes segmentos.

O projeto é coordenado pelo Luiz Affonso, Departamento de Engenharia de Computação e Automação (DCA), com participação dos docentes Gustavo Leitão e Danilo Curvelo do IMD e Diego Cabral Silva, da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT).