Startups potiguares revolucionam o mercado da educação

Conheça cinco startups que estão mudando a forma como estudantes aprendem
25-02-2025 / ASCOM
Empresas

A indústria de tecnologia educacional passa por uma impressionante expansão. De acordo com a Expert Market Research, estima-se que o mercado global de edtechs, avaliado em US$230,6 bilhões em 2024, alcance US$542,4 bilhões até 2032. Esse avanço é impulsionado pela crescente adoção de plataformas de aprendizado digital, que oferecem flexibilidade, interatividade e personalização aos usuários.

Nesse contexto, o Rio Grande do Norte não fica para trás. Somente credenciadas ou incubadas no Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Digital), são pelo menos cinco empresas da área de educação, com foco especialmente na preparação para entrada no ensino superior. 

Uma delas é a Planejativo, startup criadora de uma plataforma online, que por meio da inteligência artificial e de uma metodologia inovadora, organiza e controla o planejamento de estudos de jovens de todo o país que se preparam para o ENEM. Mais de 2 milhões de estudantes já utilizam a ferramenta. 

“A plataforma utiliza metodologias inovadoras de aprendizagem, ciclos de estudos e revisões programadas para criar um plano personalizado e dinâmico, totalmente adaptável à rotina dos estudantes”, conta Tainara Celi, CEO da startup. Com o auxílio de inteligência artificial, o sistema reformula automaticamente o cronograma caso o aluno não cumpra as metas diárias. Além disso, o Planejativo ainda sugere as melhores técnicas de aprendizado e o tempo estimado para cada atividade.

AMentoria Educação foca na individualização da trilha de estudos, oferecendo simulados, listas, aulas e monitoria. Para isso, utiliza soluções tecnológicas para personalizar o aprendizado dentro de um sistema web, criando conteúdos de diversas áreas e armazenando dados de desempenho dos alunos. O público-alvo da empresa é especialmente composto por estudantes que procuram aprovação em cursos universitários com notas de corte altas. Tanto que no SISU 2024, AMentoria teve mais de 100 aprovados em Medicina. 

Recém pré-incubada no Metrópole Parque, a empresa XTRI também está de olho nos estudantes que se preparam para o ENEM. A startup oferece uma abordagem inovadora, combinando inteligência artificial e a experiência em Teoria de Resposta ao Item (TRI) para impulsionar o desempenho dos alunos. 

Criada pelo professor Alexandre Emerson, a empresa tem como diferencial a precisão da correção TRI dos simulados. “Seguimos rigorosamente o manual do INEP e contamos com a expertise de professores, estatísticos e psicometristas. Além disso, nossa análise considera o perfil do aluno, o curso desejado e a coerência pedagógica, fornecendo um diagnóstico completo e personalizado”, explica. 

Em fase de validação, outra startup vinculada ao Metrópole Parque tem especialização em tecnologia educacional para ensino e aprendizagem: a Aula Zero. A empresa tem um sistema capaz de identificar dificuldades e traçar o perfil de aprendizagem de cada usuário. Para isso, a tecnologia faz uso de resolução de problemas para compreender o nível de conhecimento do estudante.

EXEMPLO DE INOVAÇÃO 

Criada pelos engenheiros Victor Cornetta e Gustavo Peralba, a Kaizen Mentoria tem chamado atenção de especialistas e investidores. Tanto que acaba de receber um aporte de R$ 1,2 milhão que impulsionará a expansão da empresa potiguar para todo o Brasil.

Voltado para alunos a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, o programa da Kaizen proporciona uma abordagem interdisciplinar e prática, ensinando técnicas eficazes de planejamento, estudo e interação com o conteúdo acadêmico. São encontros semanais de três horas que otimizam as 40 horas de aulas e estudo de um aluno típico.

Em 2024, na primeira vez que prestou a prova do ENEM valendo, Beatriz Lucena, 18 anos, conseguiu a almejada aprovação no Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI) da UFRN. Assim como vários outros alunos aprovados em diferentes cursos, ela contou com apoio das mentorias da Kaizen para realizar o feito. 

“Eu nunca tinha visto antes esse formato de planejamentos de metas. Isso com certeza me ajudou na organização dos estudos e a entender o que eu precisava me dedicar a cada semana. Um grande diferencial foram os relatórios dos simulados que destacavam as questões que eu errava e quais questões que eu precisaria dar mais prioridade para entender o erro”, conta a estudante.