Metrópole Parque encerra formação em negociação e vendas para professores

Iniciativa foi promovida pelo Metrópole Parque em parceria com o Ciclo Empreendedor Universitário
31-10-2025 / ASCOM
Empreendedorismo Formação

Depois de três meses de encontros presenciais e online, professores, técnicos e pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) chegam ao fim da formação “Negociação, marketing e vendas para projetos de pesquisa”. Nesta quinta e sexta-feira, dias 30 e 31 de outubro, os participantes apresentam o resultado final da jornada com pitches para uma banca de especialistas, encerrando um ciclo voltado à transformação de ideias acadêmicas em oportunidades de negócio. A iniciativa é promovida pelo Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Parque), em parceria com a empresa Ciclo Empreendedor Universitário (CEU).

Capacitar os participantes a se tornarem protagonistas do próprio crescimento, desenvolvendo competências em estratégias de vendas, negociação, elaboração de planos comerciais e apresentações de pitch: esses foram os principais objetivos da mentoria, conduzida por Amanda Eloi e Zoroastro Esteves, da CEU. Ao longo de encontros semanais, os participantes experimentaram a aplicação prática de ferramentas de gestão, marketing e vendas, promovendo uma atuação mais assertiva no ambiente acadêmico e profissional.

Segundo Rodrigo Romão, diretor do Metrópole Parque, a formação faz parte da estratégia do Parque de estreitar os laços entre pesquisa e mercado. “O que nós vimos foram pesquisas e papers, muitas vezes ainda pouco materializados, sendo transformados em linguagem de mercado, com discurso, formato e propósito de entrega real. O programa ajudou a conectar ciência e negócios, mostrando caminhos para que ideias acadêmicas possam virar produtos, serviços ou até startups dentro do nosso ecossistema”, destacou.

Romão explica ainda que a formação representa um investimento do Metrópole Parque no fortalecimento da universidade como agente de inovação aplicada. “Os resultados foram surpreendentes. No início, havia certa insegurança dos pesquisadores, mas hoje eles demonstram segurança, propriedade e visão de mercado. É exatamente esse o nosso papel: ser ponte entre pesquisa e mercado, conectando talentos e oportunidades”, completou o diretor.

Entre os participantes do curso estão professores, mestres e doutores da UFRN, de diferentes departamentos e regiões do estado. Para Amanda Eloi, administradora e sócia-fundadora da CEU, a turma se destacou pela qualidade e relevância das iniciativas apresentadas.

“Nós tivemos um aproveitamento de 100%. As propostas são inspiradoras e, mais importante, são iniciativas com realidade, conectadas às demandas concretas dos mercados que esses professores e pesquisadores conhecem a fundo. Todas foram validadas com base em pesquisa e entendimento real das dores dos clientes”, afirmou.

Ideias que nascem da pesquisa

Entre os projetos apresentados, há soluções que mostram o potencial de inovação dentro da universidade. A professora Vivianne Baptista, da Escola Multicampi de Ciências Médicas (EMCM/UFRN), desenvolveu o Repara+App, uma startup voltada ao tratamento de feridas, criada a partir de sua experiência com a residência multiprofissional em enfermagem.

Ela conta que um dos aspectos mais positivos da formação foi conhecer pessoas da universidade que realizam trabalhos que nem imaginava, além de ter a oportunidade de praticar e aprender técnicas de venda. “Após a formação, me sinto mais preparada para vender, porque tivemos um espaço protegido onde pudemos praticar juntos e aplicar diversas técnicas. Consegui validar minha ideia e desenvolver o MVP. Agora, com o apoio da banca, espero levar o projeto ao mercado”, explicou.

Já a professora Adriana Carreiro, do Departamento de Odontologia da UFRN e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas, transformou um projeto de doutorado em um dispositivo de baixo custo para confecção de próteses dentárias com impressoras 3D, chamado Denturez.

“O curso agregou valor à nossa formação, ajudando a entender como comercializar produtos desenvolvidos na academia. Agora sei os caminhos para conectar meus projetos à indústria e ampliar o impacto da pesquisa”, contou.

Adriana também destacou que a formação foi um impulso para novas conexões e amadurecimento profissional. “A ideia agora é me preparar melhor e me aprofundar no edital que está aberto aqui no Metrópole Parque, ao qual pretendo submeter o projeto”, concluiu.