Jornalista da Folha debate jornalismo científico em palestra no IMD
Marcelo Leite abordou temas sobre o papel do jornalismo e a cobertura noticiosa da Amazônia.
14-02-2019 / ASCOM
O jornalismo científico foi tema de palestra ministrada hoje (14), no Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), pelo jornalista Marcelo Leite, colunista da Folha de São Paulo. Sua apresentação teve o título "Jornalismo Científico no Brasil (1988-2018) RIP"-"(E por que logo a Amazônia)?".
O evento teve início às 10h e contou com a participação do diretor geral do IMD, professor Ivonildo Rego, além de professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e estudantes.
Para dar início à apresentação, o professor Ivonildo Rêgo agradeceu a contribuição do jornalista com a palestra e apresentou Marcelo aos demais participantes. Em seguida, o jornalista iniciou sua apresentação abordando o papel do jornalista que atua na área de Ciência e explicou brevemente sua trajetória profissional.
Em seguida, a palestra contou com a exposição de uma histórico do jornalismo científico brasileiro, a começar pelos anos 1980 e seguindo para as décadas de 1990, 2000 e os dias atuais.
Ao tratar sobre a situação do jornalismo científico atual, Marcelo Leite apontou uma série de problemas. "Desde esse tempo pra cá, houve uma homogeneização do jornalismo científico e hoje enfrentamos crises da imprensa, devido a cortes sucessivos de gastos, desgaste no modelo de gestão, busca desesperada por cliques, entre outros", avalia o jornalista.
Com isso, ele elencou uma série de sugestões para reverter a situação. "Para começar, não esquecer que nosso ganha pão é o jornalismo. Ou seja, histórias boas e interessantes devem ser contadas por profissionais qualificados e bem informados em ciência", defende.
A palestra também contou com uma abordagem sobre desmatamento da Amazônia e o papel do jornalismo em tratar o assunto. "Já existem comunicadores que trabalham especificamente na cobertura jornalística da Amazônia", informa Marcelo Leite. Outros temas foram discutidos, como a emissão de gases poluentes e economia amazônica.
Após a apresentação, os participantes tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e curiosidades sobre a produção jornalística científica e o seu papel social na formação intelectual no país.