Estudantes de núcleo de bioinformática do IMD se classificam para a final do HackFest 2019
Equipes ocupam primeiro e quinto lugar do ranking de finalistas. A final acontecerá em 20 de agosto
02-08-2019 / ASCOM
Estudantes de graduação e de pós-graduação do Centro Multiusuário de Bioinformática (BioME), núcleo integrador do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), foram classificados, na última semana, como finalistas do HackFest MPRN 2019, maratona de desenvolvimento de tecnologias voltadas ao combate à corrupção.
O evento, realizado em parceria com o IMD pelo Ministério Público do RN, nos dias 18 a 20 de julho, contou com a participação de 16 equipes de estudantes universitários, que concorreram a espaço entre as cinco melhores propostas tecnológicas voltadas à cidadania.
Liderando o ranking da primeira fase do hackthon, a equipe BiopsiaR é formada por quatro membros, todos estudantes do BioME. Segundo Danilo Imparato, aluno de biomedicina e membro do grupo, o resultado foi “uma grata surpresa, já que não se sabia do andamento das atividades dos outros times”.
Para atingir essa marca, a BiopsiaR elaborou um projeto tecnológico que consiste em um aplicativo voltado para o julgamento popular de serviços públicos, uma espécie de “Tinder da administração pública”.
“Funciona assim: cada ato do governo, como compras e obras, será exposto no aplicativo. O usuário poderá julgar cada um deles, analisando sua probidade. Os que receberem mais avaliações negativas serão enviados automaticamente para o Ministério Público, que fará a investigação”, explica o estudante.
Para alcançar seu objetivo, a tecnologia desenvolvida pela BiopsiaR conta com programação estatística, por meio de linguagem “R”. Além de Danilo Imparato, o time conta com a atuação de mais três membros pós-graduandos do BioME.
Outra equipe que passou para a segunda fase do hackthon, em quinto lugar, é o Pandora Team. O grupo, formado por cinco estudantes de pós-graduação em tecnologia, apresentou, durante o HackFest, um projeto que auxilia o MPRN com a avaliação da idoneidade das empresas do mercado.
“A nossa ideia é criar um portal, acessível apenas ao Ministério Público a princípio, que mostre quais instituições são as mais idôneas e quais as mais arriscadas de se contratar. Isso ajudará bastante a administração pública na hora de licitar serviços ou produtos”, explica Dhiego Souto, doutorando da pós-graduação em bioinformática.
Para isso, o Pandora Team apostou no cruzamento de dados públicos abertos, oriundos de sites como Jus Brasil. O ranking é feito automaticamente no portal, que, no futuro, será aberto também ao público, de maneira que todos saibam em que situação jurídica se encontra cada empresa licitante.
Segunda fase
As equipes classificadas na primeira etapa do HackFest MPRN 2019 têm até o dia 20 de agosto para apresentarem à comissão avaliadora – formada por membros do MPRN, Tribunal de Contas da União (TCU), IMD e Controladoria Geral da União (CGU) – os protótipos das tecnologias idealizadas na primeira fase da competição.
No dia 30 de agosto acontecerá o anúncio das três melhores propostas, que receberão prêmios que somam R$ 10 mil.
Para Danilo Imparato, a expectativa é grande. “Estamos ansiosos e confiantes ao mesmo tempo. Acreditamos que, se conseguirmos entregar nosso produto da maneira que pensamos, conseguiremos vencer a competição”, comenta ele.
Os membros do Pandora Team também estão otimistas. “Conhecemos o trabalho das outras equipes classificadas e reconhecemos que são bons. Mas estamos com expectativas positivas para a disputa e nos mantemos confiantes”, conta Dhiego Souto.