Parque Metrópole completa dois anos e já reúne 46 empresas e 700 empregos
Desenvolvimento deve seguir com atração de companhias de fora do RN e de empresa âncora
07-08-2019 / ASCOM
O Parque Tecnológico Metrópole Digital completa dois anos de criação, neste mês de agosto, com números e visibilidade que dão motivos para comemoração: já são 46 empresas credenciadas e instaladas em sua área geográfica, que geram cerca de 700 postos de trabalho.
Criado em 2017, por iniciativa da UFRN e por meio do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), o Parque tem o objetivo de criar um polo de Tecnologia da Informação (TI) em Natal. A ação funciona de modo a incentivar o setor tecnológico, mas também tem impacto sobre a economia de modo geral, já que as soluções criadas na área de TI costumam ser incorporadas tanto na indústria como no comércio.
O rápido crescimento do Parque não passou despercebido. No mês de junho, seus diretores foram convidados para fazer uma apresentação sobre sua criação e funcionamento em uma audiência pública no Senado Federal. O evento foi promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia da instituição e para ele foram convidados apenas três parques tecnológicos do país.
“Essa audiência pública se deu como parte de um movimento para se criar uma frente parlamentar sobre parques tecnológicos. Ou seja, já se percebe, inclusive no Congresso, que esses ambientes são promotores do desenvolvimento regional”, explica o diretor do Parque Metrópole, Anderson Paiva Cruz.
Empregos
O diretor destaca que quase 60% dos empregos gerados nas empresas instaladas no Parque são para profissionais qualificados, que tenham nível de formação técnica, superior ou de pós-graduação.
“Isso demonstra que, em nosso contexto, são criados empregos em todos os graus de formação, mas a maioria é para a ocupação de vagas que exigem um maior valor agregado. E isso contribui para promover, de fato, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região”, diz o diretor.
Dentre as empresas que vieram compor o Parque neste ano está uma das mais tradicionais do mercado de tecnologia do Estado, a Interjato, em funcionamento desde 1995.
“Aqui estamos no berço tecnológico do Estado, podemos fazer parcerias e gerar negócios mais facilmente. Mas isso também significa fazer parte de um projeto maior. E, integrando o Parque, temos planos de desenvolver inovação e tecnologia no setor de conectividade e demais serviços correlatos”, conta o CEO da empresa, Erich Rodrigues.
Assim como ocorre com a Interjato, a maior parte das empresas que compõem o Parque atualmente são do próprio Rio Grande do Norte. Parte delas já existia e se mudou para a região e outra parte foi criada dentro da incubadora do Parque, a Inova Metrópole. Além disso, existe uma terceira vertente, composta por empreendimentos que já foram criados com o objetivo de se instalar na área.
Futuro
Para o futuro, o Parque vem desenvolvendo estratégias e parcerias para trazer empresas de fora do Estado e, dentre elas, uma que, por seu tamanho e importância, possa funcionar como “âncora”. Anderson Cruz conta que, para isso, está sendo feito uma colaboração com o Sebrae, que deve ajudar nessa captação.
“Para o desenvolvimento de qualquer polo tecnológico, é importante que existam empresas de diversos portes. A empresa âncora atrai clientes, traz visibilidade e gera negócios internamente, pois ela própria demanda serviços de empresas de outros portes. Ganha todo o ecossistema de empreendedorismo e inovação”, explica o diretor.
Outra ação que vem sendo desenvolvida diz respeito à disponibilização, para as empresas que estão ou se interessam em ingressar no Parque, de parcerias com pesquisadores e laboratórios da UFRN para o desenvolvimento de serviços ou produtos da área tecnológica. A atividade é conhecida como “Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).
Para isso, o Parque vem atuando em duas frentes: em uma delas, fez uma parceria com a Funpec, para que a fundação faça prospecções de empresas que podem se interessar em realizar parcerias de PD&I com o IMD e a UFRN.
Em uma segunda frente, está sendo elaborada uma cartilha que vai relacionar dezenas de ações de pesquisa desenvolvidas na UFRN e que são passíveis de, por meio de convênios, contribuírem para o desenvolvimento de produtos e serviços tecnológicos que possam ser usados por empresas e instituições.
UFRN
Gerenciado pelo Instituto Metrópole Digital (IMD), unidade acadêmica especializada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o Parque Metrópole se constitui a partir da proposta de parque tecnológico urbano, tendo sua área geográfica compreendida em meio aos bairros que ficam no entorno do Campus Universitário.
Ele oferece várias condições favoráveis para as empresas que desejam se credenciar à sua estrutura, que vão desde vantagens fiscais – em impostos como ISS e IPTU –, passando por ampla oferta de serviços na área de TI, até a oferta na área de PD&I, que leva em conta a expertise acadêmica do IMD e da UFRN como um todo.
O Parque ainda possui a maior incubadora de empresas do Estado, a Inova Metrópole, onde é feito um trabalho de formação e apoio a startups, de modo que muitas delas, depois de estruturadas, estão passando a funcionar dentro do próprio Parque.
Além disso, essa concentração geográfica de empresas de TI proporciona uma maior comunicação entre as empresas, criando oportunidades de aprendizado coletivo e de realização de parcerias e negócios: outra das vantagens de fazer parte dessa estrutura.