Estudantes de núcleo de bioinformática do IMD conquistam primeiro lugar no Hackfest MPRN 2019
A plataforma criada pelo Pandora Team auxilia funcionários públicos no combate a corrupção
09-09-2019 / ASCOM
Após muita dedicação e intenso trabalho em grupo, o Pandora Team, grupo composto por alunos do Centro Multiusuário de Bioinformática (BioMe), conquistou primeiro lugar no Hackfest MPRN 2019, realizado em julho deste ano. A equipe de cinco estudantes ganhou destaque ao criar um projeto que tem como foco levar praticidade e eficiência digital para o trabalho de funcionários públicos no combate a corrupção.
A proposta vencedora da maratona, realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) em parceria com o Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), trabalha o tema licitações e consiste em uma tecnologia capaz de detectar se o CNPJ de uma empresa está envolvida com alguma ilegalidade.
Para isso, a plataforma criada confere uma pontuação às empresas, na medida em que há irregularidades, utilizando dados públicos e os processos fornecidos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pelo site JusBrasil. Assim, a proposta facilita o trabalho dos funcionários do Ministério Público – que receberão um alerta se alguma empresa inscrita em processo de licitação estiver com qualquer irregularidade.
“Os servidores tinham grande quantidade de dados, e trabalhavam com isso de forma manual e não davam conta”, conta Danilo. Esse foi um dos principais motivos para o grupo desenvolver o projeto.
Inicialmente, o Pandora Team escolheu desenvolver o projeto abordando empresas que forneceram merenda escolar para o Estado neste ano, pois perceberam que poderiam impactar socialmente de forma direta o Rio Grande do Norte. “Pensamos no impacto de desvendar empresas falsas que estão participando de uma questão tão delicada como essa: a alimentação que as crianças do Estado vão receber”, afirma Tayná Fiúza, estudante membro do Pandora Team.
Com participação de alunos, profissionais e programadores, a maratona de desenvolvimento tecnológico contou com a participação de 17 equipes, que receberam o propósito de desenvolver soluções tecnológicas voltadas à cidadania.
Trabalho em equipe
O Pandora Team - composto por Tayná Fiúza, Dhiego Souto, Patrick Terrematte, Danilo Cavalcante e Paulo Toscano - não se conhecia antes de ocorrer o Hackfest MPRN. Antecipadamente, pessoas do BioME criaram um grupo no WhatsApp para que pudessem se separar em equipes e desenvolver um projeto solicitado pelo Ministério Público.
A equipe então formada deu certo. Ao começar a maratona, os membros do Pandora Team analisaram com atenção o que poderia ser satisfatório na criação do projeto, de acordo com as habilidades de cada um e com os problemas expostos pelo MPRN.
“A maioria da equipe tem experiência em análise de dados e percebemos que os procuradores tinham problemas com licitações. Então, observamos se haviam indicadores que pudessem ‘acender uma luz’ e nortear nosso trabalho”, conta Tayná, a representante feminina do grupo.
Para a carreira profissional da equipe, o primeiro lugar no Hackfest MPRN é de grande relevância para o currículo. Além de ser importante para sociedade, o projeto desenvolvido pela equipe ressalta a capacidade dos membros na área tecnológica. “Mostra que temos a desenvoltura para trabalhar com qualquer atividade”, comenta Paulo Toscano.
Ao conquistar a vitória na maratona tecnológica, o Pandora Team receberá premiação no valor de R$ 5 mil reais. Os membros da equipe dividirão o prêmio igualmente e pretendem utilizar o dinheiro para investir em cursos de capacitação e estudos na área.