O Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) recebe, durante esta semana, uma equipe de engenheiros da empresa Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) para uma reunião periódica de acompanhamento de um projeto desenvolvido pelo Laboratório de Informática Industrial (LII/IMD) em parceria com a estatal brasileira.

A visita teve início na manhã da última terça-feira (17) e segue até amanhã (19). O encontro, que acontece integralmente na sede do IMD, tem por objetivo avaliar o andamento e evolução do projeto BR-PlantHistorian, desenvolvido pelo LII em parceria com a Petrobras.

A tecnologia visa auxiliar na segurança de dados da Petrobras, por meio da reunião e processamento de informações oriundas da produção industrial.

Participam do encontro os engenheiros de equipamentos Marcos Muniz e Kaku Saito, que também exerce o cargo de consultor Petrobras, além do engenheiro de segurança funcional Alexandre Botelho e o engenheiro de segurança de processo André Rodrigues.

A equipe trabalha na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, e é responsável pela operacionalização de sistemas de superfície, refino, gás e energia, bem como pela criação de soluções para a área coorporativa, como definição de políticas de segurança para toda a companhia.

Os convidados são recebidos pelos professores do IMD Gustavo Leitão, Danilo Curvelo e Ivanovitch Silva, além dos docentes da Escola de Ciência e Tecnologia (ECT/UFRN) e do Departamento de Engenharia de Computação e Automação (DCA/UFRN), Diego Rodrigo e  Luiz Affonso Guedes, este último coordenador do LII.

Sobre o projeto

Pesquisador do LII e professor do IMD, Gustavo Leitão explica que projeto desenvolvido em conjunto com a Petrobras é voltado para a área industrial e tem como objetivo melhorar a segurança dos processos nas instalações industriais da estatal por meio de softwares pilotos, atualmente instalados em cinco unidades da empresa.

A plataforma desenvolvida permite armazenar dados de chão de fábrica – aquilo que é produzido no processo industrial e as informações geradas nesse momento – de forma eficiente e em um contexto de Big Data – análise otimizada de um grande número de dados.

“O que está sendo discutido nesta reunião é o futuro desse pilotos e o que precisa ser desenvolvido, melhorado, tanto em nível de software quanto em nível de pesquisa. Além disso, o grupo está aqui também para passar conhecimento, pois sempre nessas reuniões há um profissional especializado no assunto ou em parte do processo”, destaca Gustavo.

LII

Laboratório vinculado ao Núcleo de Pesquisa e Inovação em TI (nPITI/IMD), o LII é o principal desenvolvedor de tecnologias voltadas ao setor de indústria, produzindo softwares que integram, armazenam e demonstram dados oriundos da produção industrial, com o apoio de estudantes de graduação e pós-graduação

Por esse caráter, o laboratório é atualmente um dos promotores do  projeto Mais Indústria, iniciativa vinculada ao Parque Tecnológico Metrópole Digital que visa contribuir com instituições do setor industrial por meio da transformação digital, fomentando mudanças tecnológicas específicas para este mercado.

Segundo Gustavo Leitão, a plataforma desenvolvida em conjunto com Petrobras, empresa com a qual o LII mantém parceria há  mais de 10anos, será “customizada” a fim de que possa ser utilizada por outras industrias do Brasil.

“A gente entende que, para a transformação digital das indústrias, o primeiro ponto a se investir é na estruturação dos seus dados, base para se conseguir avançar. Nós do LII enxergamos no Parque o potencial em fornecer essa infraestrutura para outras indústrias, não somente à Petrobras, e nesse momento estamos desenvolvendo adaptações para disponibilizar para outras indústrias, e isso está sendo materializado no projeto Mais Indústria”, explica Leitão.