UFRN firma acordo com empresa belga para desenvolvimento de adesivo de ultrassom
Parceria acontece entre o Laaps e nPITI e a organização estrangeira Pulsify Medical
01-12-2020 / ASCOM
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) firmou um acordo de cooperação com a empresa belga Pulsify Medical – organização especializada no desenvolvimento de produtos de análise baseadas em imagens médicas não invasivas – para a pesquisa e desenvolvimento de um adesivo de ultrassom flexível para monitoramento cardíaco.
A parceria, estabelecida em outubro deste ano, possui vigência de dois anos e foi firmada por meio do Laboratório de Arquiteturas Paralelas para Processamento de Sinais (Lapps), do Departamento de Engenharia de Computação e Automação (DCA/UFRN), e do Núcleo de Pesquisa e Inovação em Tecnologia da Informação (nPITI), do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN).
O acordo promove atividades tanto de pesquisa como de desenvolvimento do adesivo. Um dos principais fatores que favoreceram a parceria se deu pelos campos de pesquisa abordados por ambas as instituições: algoritmos de software otimizados por hardware (em que a UFRN é referência) e produção de imagens de ultrassom (especialidade da Pulsify).
Adesivo
Intitulado de Pulsify Patch, o aparelho a ser desenvolvido consiste em um adesivo sensor de ultrassom capaz de monitorar com segurança o desempenho cardíaco do paciente onde quer que ele vá, ou seja, de forma móvel e flexível.
Projetado para ser uma alternativa aos atuais produtos disponíveis no mercado, que são, na maioria dos casos, hostis ao corpo do paciente, o Pulsify Patch está previsto para ser utilizado de forma não invasiva, fixado no tórax do usuário como um adesivo.
Além disso, o aparelho é o primeiro dispositivo a medir e monitorar continuamente o desempenho cardíaco a longo prazo, independente da localização do paciente, capturando a guardando, com segurança, informações importantes sobre o desempenho físico do usuário.
Parcerias e internacionalização
O compromisso se consolida como a primeira iniciativa entre a Universidade e a empresa belga. Segundo o docente do DCA Samuel Xavier, pesquisador envolvido na parceria, foram firmados um acordo de cooperação e um projeto, ambos integrados. O primeiro atua como um “guarda-chuva” para o segundo e possibilita a criação de outras iniciativas no futuro.
“Neste projeto, estudaremos as demandas e restrições dos sistemas necessários para a criação do adesivo de monitoramento. A partir desse entendimento, a UFRN pode ser contratada novamente para auxiliar em outros projetos da Pulsify”, avalia o pesquisador.
O docente ainda comenta que cooperações como essa ajudam ainda mais a consolidar o plano de internacionalização da Universidade.
“Fazer parte de frentes que viabilizam produtos junto a empresas internacionais comprova a competência do Lapps na promoção, através do IMD, de bem-estar e saúde a nível mundial. A participação no desenvolvimento das tecnologias também possibilita que parte dessa cadeia produtiva possa se instalar no Parque Tecnológico através de startups da UFRN ou até mesmo de subsidiárias da Pulsify”, considera.