Com minicursos abertos a toda a população, amostras de trabalhos científicos, debates e palestras sobre ensino e aplicações em Bioinformática, o Instituto Metrópole Digital deu início, na manhã de segunda-feira (5), à Semana de Portas Abertas da Bioinformática.

Promovido pelo Centro Multiusuário de Bioinformática (BioME/IMD), o encontro acontece até quarta-feira (6), no Instituto do Cérebro (ICe/UFRN). O principal intuito do evento é ampliar, junto a estudantes de graduação e ao público em geral, o entendimento sobre o que é a Bioinformática e suas aplicações na Ciência e no mercado.

Nessa proposta, o encontro foi organizado em duas vertentes: uma voltada para pessoas que não necessariamente são da área de Bioinformática, mas têm curiosidade sobre o tema, e uma voltada aos estudantes, com atividades que compõem o 5º Workshop do Programa de Pós-graduação em Bioinformática (PPgBioinfo).

Na tarde de hoje (5), o encontro contou com a palestra Avaliação de Programas de Pós-graduação em Bioinformática do Brasil: Mais do que Notas, conduzida pelo professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Valdir Balbino.

A apresentação abordou como acontece a avaliação por parte da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) dos programas de pós-graduação e também abrangeu diferentes temáticas voltadas à produção científica no Brasil e no mundo.

“O importante das avaliações das pós-graduações no Brasil é termos um processo cristalino, amplo e confiável. E queremos que todos participem disso, inclusive os próprios discentes desses programas. Todos devem estar contemplados”, comenta Balbino.

Em seguida, alunos do PPgBioinfo, programa conduzido no BioME, tiveram espaço para apresentações de trabalhos científicos, que versaram sobre assuntos variados, como uso de redes neurais em pesquisa sobre SARS-COV-2, utilização de métodos e técnicas científicas na condução de estudos em Saúde, entre outros.

Durante as atividades, o encontro reuniu docentes, alunos, servidores e pesquisadores, bem como interessados em conhecer mais sobre Bioinformática – campo que abrange Tecnologia e Ciências da Vida e que vem despontando tanto no âmbito acadêmico como no mercado ao redor do mundo.

“A Bioinformática é bastante transversal. As Ciências da Vida detém campos com componentes científicos laboratoriais muito fortes e, com o avanço de metodologias, e a quantidade de dados que começaram a ser utilizados, a Computação virou uma necessidade para dar suporte à Ciência na Biologia, Medicina, entre outras áreas”, comenta César Rennó-Costa, docente do IMD e vice-coordenador do PPgBioinfo.

Temas variados

Até esta quarta-feira (6), o evento ainda será palco de apresentações e atividades com temas variados, como minicursos sobre visualização de dados e introdução à análise de Single-Cell com R. Já na programação de palestras, o encontro contará com mais apresentações científicas, com temas variados, além de uma mesa redonda sobre caminhos profissionais para egressos da área de Bioinformática.

A Semana de Portas Abertas da Bioinformática é promovida anualmente pelo BioME, e toda edição serve de vitrine para o que o Centro tem desenvolvido no âmbito da Bioinformática, a começar pelas atividades científicas do PPgBioinfo.

Segundo César Rennó-Costa, toda a programação é fruto do trabalho dos discentes da pós-graduação – uma das poucas no Brasil a contar com mestrado e doutorado. Hoje, o curso é avaliado com nota 5 pela CAPES, a maior atribuída a pós-graduações pela Coordenação.

Mais informações sobre a Semana de Portas Abertas da Bioinformática estão disponíveis na programação do evento e também no perfil do BioME no Instagram.