O Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) sediou, na última semana, um hackathon (competição tecnológica) com o objetivo de difundir conhecimentos sobre a prática de Métodos Formais na indústria. Voltado para estudantes do Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI/IMD), o evento foi conduzido por Thierry Lecomte, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da empresa francesa ClearSy.

Aplicado no âmbito da disciplina Métodos Formais de Engenharia de Software, o hackathon funcionou como um desafio para o desenvolvimento de um sistema de controle de segurança para trens. Os participantes trabalharam na criação de uma versão simplificada de um software crítico capaz de estimar a ocupação de trilhos – componente indispensável para evitar colisões de veículos.

A competição envolveu cinco alunos e as atividades foram concluídas na noite de sexta-feira, 5. A premiação foi um laptop, concedido ao estudante João Pedro de Amorim Paula, aluno do segundo ciclo do BTI.

Métodos Formais

Segundo o docente responsável pela disciplina, professor Marcel Oliveira, a importância da área de Métodos Formais se dá especialmente pela necessidade de segurança e corretude de programas de tecnologia.

“Como métodos formais são utilizados para garantir que o sistema trabalhe como deve, as pessoas não sabem que esse tipo de mecanismos existe, porque nenhum problema está aparente. Mas é uma área indispensável em atividades como transporte, cartões de crédito, entre outras”, explica Oliveira.

Essa relevância foi o que motivou não apenas a condução do hackathon, cuja edição foi a segunda no IMD – tendo a última ocorrido no ano passado –, mas também o empenho em disseminar conhecimentos de Métodos Formais para outras disciplinas. Sobre isso, o IMD chegou a promover, também na sexta-feira, 5, um seminário sobre segurança e proteção em sistemas baseados em software.

Thierry Lecomte

Atuante na ClearSY desde 2006, Thierry Lecomte possui 30 anos de experiência em pesquisa e desenvolvimento, tendo atuado em projetos industriais nas áreas automotiva, de Saúde, Microeletrônica, Energia Nuclear e espacial.

Segundo o diretor, a empresa francesa “tem Métodos Formais em seu DNA” e hoje trabalha com uma série de serviços especializados em engenharia de sistemas.