Primeira edição do HackFest MPRN 2019 conta com 17 equipes confirmadas
Evento tem início nesta quinta-feira, 18, e acontece na sede do IMD
16-07-2019 / ASCOM
Com o objetivo de desenvolver projetos tecnológicos de combate à corrupção, a primeira edição do Hackfest MPRN 2019, maratona tecnológica realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) em parceria com o Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), já conta com 17 equipes formadas e um total de 300 inscritos até o momento. O evento acontece entre os dias 18 e 20 de julho e oferece uma premiação de 10 mil reais para os três melhores grupos.
O Hackfest se constitui numa maratona de programação, cujo intuito é incentivar, entre os participantes, a elaboração de soluções tecnológicas de combate à corrupção, ao mesmo tempo em que estimula a promoção da cidadania e a efetivação de políticas públicas. Além disso, a intenção final do evento é disponibilizar aos órgãos de fiscalização novas ferramentas de trabalho.
Durante os três dias do Hackfest, os participantes, que são em sua maioria estudantes, programadores e profissionais ligados ao desenvolvimento de softwares, estarão reunidos na sede do IMD sob a orientação de profissionais do Instituto, que os auxiliarão na elaboração de seus projetos. Ao final desse período, uma comissão julgadora vai avaliar os softwares desenvolvidos. Além da premiação em dinheiro, as três equipes ganhadoras terão um mês para desenvolver suas ideias.
Expectativas
Inscrito no Hackfest, o grupo “BiopsiaR”, composto por estudantes de graduação, doutorado e pós-doutores do Centro Multiusuário de Bioinformática do IMD (BioMe), considera a escolha do tema do evento bastante desafiadora e, segundo um os integrantes e dizem que foi este um dos fatores que os levaram a se inscreverem na maratona.
“Esse é o tema do momento. Acho que isso foi o que mais nos chamou atenção. Como a corrupção está muito em alta, criar um hackathon específico para esse tema, no final das contas, não vai ser algo voltado somente para o Ministério Público, mas sim para sociedade em geral”, avalia o pós-doutor em Bioinformática, José Eduardo.
Já para André Fonseca, que atualmente realiza pós-doutorado no BioMe, o projeto da equipe terá o objetivo de buscar, antes de tudo, promover um engajamento com a sociedade. “Nossa ideia é desenvolver um produto que instigue o brasileiro, o norte-rio-grandense, a olhar a gestão dos recursos públicos com mais cuidado, e fazer com que ele se envolva nesse processo mais ativamente do que só no momento eleitoral”, ressalta ele.
Para o grupo, a participação no Hackfest é uma oportunidade que vai além do prêmio ofertado. De acordo com seus membros, a maratona trata-se de um momento para aproximar a Universidade da comunidade, produzindo soluções inovadoras que sejam aplicáveis na rotina das pessoas.
“Nós estamos animados não somente pelo prêmio em si, mas por criar algo que também ajude a sociedade, os órgão públicos. Vivemos um momento em que alguns falam que a Universidade contribui pouco para sociedade. Então, acreditamos que esta é uma possibilidade do próprio grupo, que é composto por integrantes da Universidade, de produzir algo que possa ajudar diretamente a comunidade”, analisa o José Eduardo.
Programação
Em paralelo à maratona, o Hackfest conta com uma programação com painéis e palestras sobre corrupção, finanças públicas, transparência e controle, com nomes de todo o Brasil, como é o caso da diretora de operações da Transparência Brasil, Juliana Sakai, e o Editor de Dados do jornal O Estado de São Paulo, Daniel Bramatti. Haverá também atividades lúdicas para o público geral, fomentando a educação cívica por meio de gamificação.
O evento é inspirado em uma iniciativa do Ministério Público da Paraíba, iniciada em 2016, e que possui três edições realizadas naquele estado. Com o sucesso, o hackthon passou a ser replicado em outras unidades da federação e chega agora ao MP do Rio Grande do Norte, em sua primeira edição. Além do IMD, a iniciativa também conta com a colaboração e parceria de outros órgãos e instituições.